domingo, 30 de novembro de 2014

12 Conceitos Essenciais de Ferramentas Lean


Ferramentas não são tudo, é necessário implementar a Cultura Lean



Lean Manufacturing inclui um conjunto de princípios para atingir melhorias em produtividade, qualidade e lead time, eliminando perdas através de Kaizen. Kaizen é um palavra japonesa que significa “mudar para melhor” ou  “melhoria continua”.
A meta é fornecer ao cliente produtos livres de defeitos quando ele é necessário e na quantidade certa (Just in time).

Existem muitas ferramentas e conceitos que empresas lean empregam para suportar os princípios acima e eliminar perdas. Aqui descrevo 12 dos mais críticos para seu conhecimento:
#1: Manufatura Celular

Manufatura Celular é uma abordagem na qual todo equipamento e estação de trabalho são disposto baseado em um grupo de diferentes processos localizado muito próximos para produzir um grupo de produtos similares. O objetivo principal da manufatura celular é reduzir o tempo de ciclo e inventario para atender o tempo de resposta ao mercado.
#2: Takt Time

Esta é a batida do coração do cliente. Takt time é a média da qual a manufatura deve produzir um produto baseado nos requisitos do cliente e disponibilidade de tempo de trabalho
                                        Takt = T/D

Onde:         T = tempo disponível para produção (ex: 8,5h)
                   D = demanda de produtos (quantidade)

#3: Trabalho Padronizado
Um processo de documentar a descrição do método, materiais, ferramentas e tempo de processamento requerido para atender o takt time para uma determinada operação de trabalho. Isto visa padronizar as tarefas através da cadeia de valor.
#4: Fluxo de Uma Peça ou Fluxo Continuo
Este conceito enfatiza a redução do tamanho do lote para eliminar sistemas de restrição. Uma metodologia pela qual o produto ou informação é produzida por um movimento em ritmo constante de uma etapa de processamento para a próxima sem atrasos. 
#5: Sistema Puxado e Kanban
Uma metodologia pela qual o processo cliente sinaliza o processo fornecido para produzir um produto ou informação ou entrega deste, quando é necessário. Kanban é um sinal usado dentro sistema puxado através de sincronização combinada com instruções visuais como cartões ou containers.

#6: Cinco Por quês
Um processo criativo pelo qual a pergunta “Por quê?” é perguntada repetidamente para encontrar a causa de um problema.

Bom pessoal, na próxima postagem escrevo sobre os outros seis conceitos.

Conte comigo! 

domingo, 2 de novembro de 2014

Como Compreender Analise do Sistema de Medição

Um adequado MSA é muito mais que uma simples variação do equipamento de medição


Analise do Sistema de Medição da incerteza é um tópico na metodologia six sigma e um requisito da ISOTS16949 que é frequentemente ignorado ou executado apenas atender um requisito. Eu acredito que é mau executado porque muitos técnicos de qualidade nunca o compreenderam. Então nesta postagem, mergulharei fundo no que é e porque você deve utiliza-lo adequadamente. Tenha em mente que este método não é para amostras destrutivas ou atributos ou classificação de equipamentos de medição. Ela só funciona nos sistemas de medição que permite repetição nas medições da mesma amostra e relatar um valor continuo para a medida de saída.

Analise do sistema de medição ou estudo do equipamento de medição

Eu primeiro aprendi sobre este tópico como um analise de sistema de medição (MSA). O termo “estudo do equipamento” é somente um elemento do processo, mas muitos consideram “estudo do equipamento de medição” e MSA como sinônimos. MSA é o melhor termo para o conceito porque seu titulo implica analise da medição além do equipamento. Um adequado MSA inclui estimar o impacto do equipamento, a fixação ou setup do equipamento, o operado e a variação ao longo do tempo.

A melhor literatura de referência
A melhor referência para MSA é o livro da Automotive Industry Action Group (AIAG) Analise do Sistema de Medição – 4ª. Ed. Este livro tem todas as informações nas definições e métodos que são de uso comum, além de bons exemplos de aplicação. Também recomendo Avaliação dos Sistemas de Medição da Cristina Werkema, minha instrutora e orientadora no meu treinamento de six sigma Black Belt sendo também uma excelente fonte de referencia.

Relação de peças para os avaliadores repetirem as medições
A resposta geral para esta resposta é que a relação é medir múltiplas peças, múltiplas vezes, por múltiplas pessoas. A mais comum relação é quando todas as analises foi realizadas pelo menos 10 peças, duas vezes, por três pessoas. Eu entendo que esta relação traz um equilíbrio de incerteza mas esta longe de ser um requisito. Você precisa de um mínimo de dois avaliadores e um mínimo de duas medições de cada peça por cada avaliador, mas o número de peças para ser medida pode variar muito.

Meu guia para muitas pessoas é considerar onde você acredita que a maior fonte de variação exista e aumentar o fator que permitiria a melhor estimativa deste fator.
 
·         Se a diferença em avaliadores (pessoas) é esperada ser alta, use três ou quatro avaliadores de diferentes níveis de experiência;

·         Se você espera que uma leve diferença na medição das peças pode impactar no resultado reportado, esteja certo de incluir uma faixa de 8 a 12 peças que incluem pelo menos um item fora da especificação;

·         Se você acredita que pode existir mudança de tempos em tempos no sistema de medição por causa de ajustes ou métodos de preparação, então inclua pelo menos três medições replicadas de cada operador de cada peça;

Método de Analise
Existem dois métodos aceitos: ANOVA e X-bar R. Eu prefiro o método ANOVA por fornece capacidade para avaliar a interação entre avaliadores e peças. O método X-bar R é preferido quando você esta fazendo MSA manualmente ou usando uma calculadora. Quando se usa um programa de analise estatístico, eu recomendo sempre utilizar o método ANOVA.

Qual é a precisão ou repetibilidade e reprodutividade do meio de medição?
Existem dois componente de incerteza no MSA: repetibilidade e reprodutividade. Esta combinação é classificada como a precisão do sistema de medição. 

Repetibilidade é a variação encontrada no sistema de medição quando a mesma peça é medida repetidas vezes sem mudança da posição ou quem avalia a peça, e ao mesmo tempo. Pegou: medições repetidas. Esta incerteza estimada é realmente o menor você pega em um sistema de medição sem originalmente mudar o equipamento ou o processo de medição. Ela é reportada como um desvio padrão.
Repetibilidade: variação na medição de uma caracteristica da mesma forma, mesma condição, mesma pessoa, mesma, mesma, mesma.

Reprodutividade é a variação encontrada quando tentamos reproduzir a medição sob diferentes condições. Estas diferentes condições incluirão a diferença entre avaliadores, diferenças de fixação ou posicionamento da peça na ferramenta de medição, diferentes vezes e diferentes calibrações. Quando este valor é alto, implica que o processo de medição é inadequado. É reportado como um desvio padrão.
Reprodutividade: variação na medição de uma característica em diferentes formas, diferentes vezes, diferentes pessoas, diferente, diferente, diferente.

A precisão é considerada a incerteza do sistema de medição. O valor da precisão é comparado com a especificação e a variabilidade do processo . Um valor grande de precisão pode derivar de um grande valor de repetibilidade, um grande valor de reprodutividade ou ambos. O componente que tem a maior contribuição para a precisão é onde você deve endereçar melhorias.

Precisão: a variação total do sistema de medição estimado. Isto inclui, repetibilidade e reprodutividade.

O que é bom para um sistema de medição?
Este é provavelmente a parte mais difícil do conceito do sistema de todo o conceito porque a medição de “bom” vai depender do que avaliar. O manual da AIAG lista múltiplos métodos para avaliar, mas eu acredito que existem somente dois que importam: porcentagem da tolerância e porcentagem do processo. Comparando o valor de precisão com as especificações direi a você sobre a habilidade do sistema de medição para a garantia assegurada do produto. Comparando a precisão com a variação do processo reportada pelo sistema de medição digo a você sobre a habilidade do sistema de medição para o controle de qualidade.
AIAG fornece uma medida padrão de adequação como a faixa de precisão para uma fonte de variação. Para qualidade assegurada usar a porcentagem da tolerância. Para o controle de qualidade usar a porcentagem do processo.

Para ambas as porcentagens aplicamos a seguinte regra geral:

Ø  > 30% é inaceitável

Ø  20% a 30% como marginal

Ø  10 a 20% como aceitável

Ø  < 10% como excelente

Algumas organizações consideram 20% como o máximo permissível.

Medidas de adequação que tem pequenos valores
Muitos livros recomendam utilizar a porcentagem do teste como a medida de adequação. Esta forma não considera uma medida confiável de adequação porque o valor mudará cada vez que realizar o MSA e utilizar diferentes peças. Isto não é uma boa característica porque significa que eu posso escolher peças que tem uma alta variação e faz a porcentagem melhor que se eu escolhesse uma série de peças que valores similares.

Uma segunda medida de adequação é o numero de categorias distintas na qual eu tenho o mesmo problema com esta medida quando eu faço a porcentagem do teste.
 

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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Abordagem por Processos

Adicionando valor ao negócio e minimizando riscos

Sistemas de Gestão da Qualidade são algumas vezes são mal entendidos como nada mais que pesada carga administrativa com benefícios limitados ao negócio. Muitas Organizações com sistemas de gestão implantados não tem efetivamente definido seus processos, e não tem colocado sistemas de medição de eficiência e eficácia. Talvez seja porque pensam “ISO9001 é separada da gestão de negócios” e limitam sues sistemas de gestão em simples checklists e instruções de trabalho.
Por manter estas crenças, organizações estão perdendo significante oportunidade. Progressivamente, clientes e partes interessadas não estão satisfeitos com básica conformidade – eles estão olhando por menos dependência em procedimentos, e mais foco em gestão do risco. Isto traz o valor da norma ISO na questão. Como pode uma norma internacional unir com o plano estratégico de negócios?


Usando abordagem de Processos
A abordagem de processos é mais que uma técnica de auditoria – é uma filosofia. Isto significa mudar o foco da básica conformidade para adotar mentalidade de melhoria continua. Quando atividades e relacionados recursos são gerenciados como um processo, os resultados desejados podem ser atingidos mais eficientemente.

Um processo é comumente definido com um numero reproduzível de atividades interativas que juntas convertem uma entrada em saída.
Uma entrada é algo que conduz ou inicia o processo, como as pessoas, recursos ou materiais.

Uma saída é um resultado entregue do processo, endereçando a expectativa do cliente (ambos externo ou interno). Tipicamente uma saída é um produto, um serviço ou uma entrada para outro processo.
A abordagem de processo é uma analise de sequencias e interações de processos e suas entradas e saídas. Ele esta olhando no sistema de gestão é não somente um documento, mas um sistema ativo de sistema de processo que endereça o risco do negócio e requisitos do cliente. Uma auditoria baseada em processos perguntaria questões com “Quem é o Dono do processo? “Quais são os requisitos do cliente”? e “Como você demonstra melhoria em seus processos”?...não somente “mostre-me seu procedimento”


Diagrama de Tartaruga
O Diagrama de Tartaruga é somente uma das técnicas de auditoria que pode ser usada para avaliar um processo. Perguntando “Com o Que, Com Quem, Como é Feito, e Quais os Resultados, resulta na evidencia da eficácia, medição da meta, avaliação de clientes internos e externos e foco nas entregas/saídas do processo.



Com Que? define as ferramentas, equipamentos e recursos necessários para desempenhar uma atividade. Isto poderia incluir software, hardware, ou suporte de outros departamentos.
Com Quem? define os recursos humanos necessários para executar a tarefa. Isto inclui a definição de competências com habilidades, educação, experiência e treinamento.

Como? identifica a documentação de suporte que pode existir para o processo como procedimentos, instruções de trabalho, etc.

Quanto? é o processo de monitoramento – identificando os itens de controle necessários para avaliar a eficácia e eficiência do processo no suporte do plano de negócios. Deveria estar evidente a melhoria continua e ações corretivas do processo.

Analise do processo com o diagrama de tartaruga pode abranger muitos elementos, incluindo:

o   Atividades

o   Recursos & Ligações

o   Métodos & Ferramentas

o   Requisitos regulatórios aplicados ao processo

o   Riscos associados

o   Eficácia e eficiência

o   E o mais importante: atendimento a requisitos dos clientes internos e externos

Os resultados do Diagrama de Tartaruga geram muitos benefícios para o negócio. Primeiro e mais importante, fornece medições do processo que podem ser ligadas diretamente com o plano estratégico da organização. Prove meios para analisar expectativas dos clientes internos e externos, assim como riscos associados com o processo. Leva em conta o uso do ciclo PDCA (Planejar, Executar, Checar e Agir) que se aplica ao processo. E finalmente, leva em conta uma importante entrega determinado ao o time de gestão – a analise de SWOT.

Analise de SWOT
SWOT é uma ferramenta de negócios que traduz a “linguagem ISO” dentro de um formato que a Direção pode facilmente entender. A analise de SWOT fornece retroalimentação nas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças para a Organização. Esta abordagem é amplamente usada para analise de riscos, benchmark e determinar novas estratégias para o negócio.

A analise de SWOT olha para:
·         Forças: visão presente. Melhores práticas e benchmarks – aprenda com estes e aplique em outros processos;

·         Ameaças: visão presente. Áreas que cumprem, mas não são totalmente eficazes, e então requerem correções;

·         Oportunidades: visão futura. Áreas de melhoria para considerar;

·         Ameaças: visão futura. Áreas de alto risco ou que não cumprem o esperado.

Os resultados desta analise podem ser sumarizados dentro de um diagrama, conforme abaixo:
 

O impacto da Abordagem de Processos

Qualquer Organização procurando certificar seu sistema de gestão da qualidade precisa conhecer os requisitos que são apresentados na ISO9001. Mas a norma por ela só não necessariamente adiciona valor para a Organização, ou traz benefícios para a Direção. Pela avaliação da eficácia dos processos operacionais em atingir os objetivos e metas globais, o conceito de risco esta agora sendo considerado, trazendo informações relevantes para ações estratégicas.

Alem do mais, resulta num sólido feedback que é apresentado em uma língua no qual o time de gestão pode entender.

Um sistema de gestão baseado em processos não é uma sobrecarga administrativa, na realidade, é uma necessidade competitiva. É uma ferramenta critica que fornece continuidade por toda a organização, formando um link entre política, requisitos, desempenho, objetivos e metas.
 
 
 
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domingo, 7 de setembro de 2014

Treinamento de pessoal – programas de integração e treinamento no posto de trabalho


Determinar as competências dos colaboradores e busca-las deve ser uma ação estratégica da Organização

 
Os colaboradores da empresa são um fator essencial para excelência em qualidade na empresa. Para conseguir essa capacidade é necessário mapear e implementar ações de treinamento, qualificação e motivação dos colaboradores em todos os níveis e todas as áreas da empresa.
É necessário realizar regularmente cursos de treinamento para explicação, aprofundamento de conhecimentos e melhor compreensão dos elementos do sistema de gestão da qualidade. Devem ser definidos e documentados programas de treinamento.
Os pontos essenciais destes temas são:
·         Objetivos da Qualidade
·         Gestão da Qualidade Total
·         Planejamento Avançado da Qualidade
·         Custos da Qualidade
·         Ferramentas da Qualidade
·         Segurança do Produto
·         Metodologia de Solução de Problemas
·         Analise de Modos de Falhas e seus Efeitos
·         Outros
No caso de integração ou instruções de novos colaboradores, mudanças de posto de trabalho e implementação ou modificação de processos são necessárias ações individuais de treinamento prático que habilitam os colaboradores a compreender a documentação técnica e procedimentos, a produção e seus ciclos e os métodos e técnicas necessárias para a execução das suas tarefas.
O Líder direto (Supervisor/Gerente) do colaborador deve instruir formalmente seus colaboradores sobre o uso e manuseio adequados dos meios de trabalho, instalações de produção, sobre a interpretação correta das instruções de trabalho e autocontrole. Deve certificar-se da eficácia da instrução. A comprovação da realização da instrução é documentada e assinada.
Os treinamentos e instruções envolvem os colaboradores, obrigando-os a assumir a responsabilidade pelo equipamento e pela correta aplicação das instruções de trabalho assim como o resultado da produção (qualidade - fazer certo e produtividade - fazer rápido). O contato entre a liderança e os colaboradores é intensificado neste momento.
Antes da introdução do autocontrole todos os colaboradores envolvidos com a produção devem receber instrução sobre a realização de suas tarefas de atendimento as exigências dos clientes e do sistema de gestão da qualidade.
 
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